Número de Diabéticos em Todo o Mundo Aumentou 30%


O número de pessoas com diabetes no mundo sobe para 366 milhões, 30% mais do que o registrado no ano passado, de acordo com o que foi revelado terça-feira (25/10/2011) por vários estudos internacionais que alertam para os fatores de risco como a obesidade, incluindo determinantes da doença.
No ano passado o número de pessoas afetadas pelo diabetes... no mundo atingiu 285 milhões e os gastos com saúde chegaram a um número estimado de 465.000 milhões de dólares.
Diabetes mellitus é um grupo de distúrbios metabólicos que são tratáveis, afeta diferentes órgãos e tecidos e é caracterizada por níveis aumentados de glicose no sangue.
Na Argentina, o Diabetes Society (DS) disse que o país não é exceção à regra e a mais recente Pesquisa Nacional de Fatores de Risco para o Ministério da Saúde mostrou que 10 por cento da população adulta tem esta doença na Argentina.
A pesquisa mostrou que o consumo reduzido de frutas e legumes aumentou a obesidade, sedentarismo, hipertensão, todas as doenças relacionadas ao diabetes.
Das pessoas com diabetes, a maioria, 90 por cento têm o tipo 2 (que não necessita de insulina para viver), e desse grupo, quase todos têm algum grau de obesidade pelos alimentos.
Olga Ramos, chefe honorário da Unidade de Nutrição e Diabetes, disse que “a alimentação dos argentinos é baseada em carne e excesso de amido, como massas, arroz, batatas, pão e queijos “.
A nutricionista disse que “a carne vermelha é necessária para prevenir a anemia e contribui para a formação e restauração dos tecidos”, mas disse que “também pode ser substituída por outras proteínas de origem animal que servem para a mesma função.”
O levantamento do Ministério da Saúde concordou que a obesidade na Argentina é um dos flagelos que mais aumentou em comparação com outros fatores de risco cardiovascular.

CARTA DE SANTOS SOBRE A PERÍCIA MÉDICA PREVIDENCIÁRIA


                                   ASSOCIAÇÃO NACIONAL DOS MÉDICOS PERITOS


Os participante do I Forum Regional de Santos: “A perícia Médica como Agente de Justiça Social: O Novo Modelo de Perícia Médica”, abaixo assinados, vem a público declarar que:

  1. É necessário discutir o atual modelo de Perícia Médica Previdenciária, que se esgota em sua abordagem à doença do segurado e ainda é frágil em suas ações de prevenção aos acidentes e doenças relacionados ao trabalho;

  1. A concessão automática de benefícios a partir dos pré requisitos estipulados, como ser segurado obrigatório ( empregado, contribuinte individual, avulso, doméstico e segurado especial ) e possuir 24 contribuições ininterruptas anteriores ao requerimentos do benefício por incapacidade, trará novo patamar de qualidade ao atendimento nas Agências de Previdência Social, e, conferirá agilidade no processo de concessão de benefício por incapacidade;

  1. A implantação de um Novo Modelo de Concessão de Benefícios exigirá, por conseguinte, uma nova abordagem pericial, também calcada na prevenção dos acidentes de trabalho, permitindo que os Peritos Médicos, dediquem parte de sua jornada às ações de fiscalização e prevenção;

  1. Expressar a necessidade da reformulação da carreira de Perito Médico Previdenciário, com patamares mais exequíveis de jornada de trabalho e níveis salarias compatíveis com a nova função;

  1. Exigir o cumprimento do art. 14 da Convenção 155 da OIT, em vigor no Brasil desde 1993, segundo o qual questões de segurança, higiene e meio ambiente devem ser inseridas em todos os níveis de ensino e de treinamento;

  1. Propor ao Instituto Nacional de Seguro Social que patrocine a formação de especialistas em Medicina do Trabalho, entre os Peritos Médicos sem esta titulação;

  1. Convocar a sociedade civil, organizada nos Partidos Políticos, Sindicatos, Associações, Federações e Confederações de Trabalhadores, Entidades Patronais, etc a se mobilizarem na conjugação de esforços que busquem a implementação imediata de medidas concretas que reduzam, de forma impactante, os acidentes e doenças relacionadas ao trabalho;

  1. Pleitear a participação de representante dos Peritos Médicos Previdenciários nos Conselhos Municipais, Estaduais e Nacional de Previdência Social;


Santos, 26 de Outubro de 2011.










SOB CENSURA

EM PROTESTO CONTRA A SDE - Secretaria de Direito Econômico, CREMESP LANÇA A CAMPANHA LUTO PELA SAÚDE


Faixa da Campanha Luto pela Saúde, exposta na fachada da sede do Cremesp, em protesto à censura da SDE
 
O Conselho Regional de Medicina do Estado de São Paulo (Cremesp) vem a público lançar a campanha Luto pela Saúde, em protesto contra a censura imposta pela Secretaria de Direito Econômico (SDE) do Ministério da Justiça, que decidiu  coibir o recente movimento por remuneração digna e melhoria do atendimento aos usuários da saúde suplementar, deflagrado  pelas entidades  médicas em 7 de abril.
O Cremesp rechaça a tentativa da SDE de controlar e impedir a livre manifestação dos médicos em prol da dignidade profissional.
Ao tentar proibir a ação coletiva do movimento  médico, a SDE afronta a Constituição Federal e a democracia, que têm como fundamentos a  cidadania  e a liberdade de organização e de expressão.
A SDE, ao condenar a utilização dos princípios fundamentais do Código de Ética Médica,  extrapola suas atribuições e desrespeita as prerrogativas dos Conselhos de Medicina, asseguradas por lei.
No momento em que ignora as justas reivindicações dos médicos, apoiadas por inúmeras entidades da sociedade civil e de defesa do consumidor,  a posição da SDE acaba favorecendo os interesses econômicos das empresas de planos de saúde  e, com isso, prejudica ainda mais a população assistida.
O Cremesp, ao lado das demais entidades médicas, adotará todas as medidas judiciais necessárias para reverter a decisão arbitrária da SDE.
O Cremesp não renunciará às suas obrigações, compromissos e competências legais na defesa da sociedade e da classe médica. 
Damos início à campanha Luto pela Saúde,  estampada na sede do Cremesp e em diversos materiais a serem distribuídos, com o duplo propósito de manifestar a indignação dos médicos e reafirmar o compromisso prioritário com a saúde e a vida dos nossos pacientes.  
Conselho Regional de Medicina do Estado de São Paulo
A seguir, acompanhe notas divulgadas pelo Conselho Federal de Medicina e pelo Conselho Regional de Medicina do Rio de Janeiro, sobre decisão da Secretaria de Direito Econbômico (SDE):
ESCLARECIMENTOS AOS MÉDICOS E À SOCIEDADE EM GERAL
Diante da decisão arbitrária da Secretaria de Direito Econômico (SDE), que impede os médicos – por meio de suas entidades representativas – de expressarem sua opinião e pleitos com relação aos planos de saúde, o Conselho Federal de Medicina (CFM) e os Conselhos Regionais de Medicina (CRMs) manifestam publicamente seu repúdio à medida com base nos seguintes argumentos:
1) O processo administrativo instaurado pela SDE representa uma afronta inequívoca ao direito dos médicos e de todos os brasileiros de lutarem por melhores condições de trabalho e assistência num Estado moderno e democrático, fazendo-nos regredir aos tempos da ditadura e da opressão;
2) A decisão da SDE também privou os médicos da possibilidade de lutar pelo fim de práticas adotadas por operadoras de planos de saúde que interferem na autonomia do profissional e, por consequência, impedem o acesso dos seus usuários a procedimentos necessários ao diagnóstico e tratamento;
3) Com esta ação, a SDE desrespeitou a Constituição e as leis que fundamentam a cidadania e as liberdades de organização e de expressão no Brasil, agindo como um instrumento digno dos piores regimes autoritários a serviço de interesses políticos ou privados;
4) O ato da SDE se revela ainda mais injusto ao tratar os médicos e empresários de forma desproporcional: de um lado, penaliza o movimento de profissionais da Medicina como um cartel, sujeitando-o a medidas adequadas às empresas; de outro, ignora a ação coordenada dos empresários, que acumulam lucros exorbitantes, e condena trabalhadores e pacientes a se sujeitar ao pouco oferecido sem direito a reação;
5) Este processo abre precedentes sombrios e soa um alerta para a sociedade: se hoje o alvo da SDE são os médicos, em breve a artilharia pode se voltar para advogados, arquitetos, engenheiros, jornalistas, professores, metalúrgicos ou qualquer outra categoria que OUSE lutar para que seus direitos e sua voz sejam ouvidos e respeitados.
6) Asseguramos à sociedade e aos médicos brasileiros: o CFM e os CRMs não se curvarão a essa decisão arbitrária e responderão à altura – pelos meios legais – à agressão gratuita sofrida, honrando, assim, seus compromissos e competências legais em prol da Medicina. Por outro lado, sua missão é mais ampla abarcando a defesa veemente dos interesses da sociedade, em especial dos pacientes e familiares.
Acreditamos que a ética prevalecerá, fazendo com que as autoridades competentes percebam os equívocos acumulados e revoguem essa decisão tomada em detrimento da saúde e da cidadania.

Conselho Federal de Medicina


Faz que conta que eu sou o Entrevistado, pois responderia a mesma coisa, se tivesse essa capacidade de formulação.

As palavras do entrevistado carregam uma imensa sabedoria. Ainda que a matéria seja meio longa, não deixe de lê-la na íntegra. Você só terá a ganhar com isso, valerá a pena.
  
A revista ISTO É publicou esta entrevista. O entrevistado é Roberto Shinyashiki, médico psiquiatra, com Pós-Graduação em administração de empresas pela USP, consultor organizacional e conferencista de renome nacional e internacional.

'Cuidado com os burros motivados'  
Em 'Heróis de Verdade', o escritor combate a supervalorização das aparências, diz que falta ao Brasil competência, e não auto-estima.

ISTO É - Quem são os heróis de verdade?
Roberto Shinyashiki -- Nossa sociedade ensina que, para ser uma pessoa de sucesso, você precisa ser diretor de uma multinacional, ter  carro importado, viajar de primeira classe.
O mundo define que poucas pessoas deram certo.
Isso é uma loucura. Para cada diretor de empresa, há milhares de funcionários que não chegaram a ser gerentes.
E essas pessoas são tratadas como uma multidão de fracassados.
Quando olha para a própria vida, a maioria se convence de que não valeu à pena, porque não conseguiu ter o carro, nem a casa maravilhosa.
Para mim, é importante que o filho da moça que trabalha na minha casa, possa se orgulhar da mãe.
O mundo precisa de pessoas mais simples e transparentes.
Heróis de verdade são aqueles que trabalham para realizar seus projetos de vida, e não para impressionar os outros.
São pessoas que sabem pedir desculpas e admitiram que erraram.

ISTO É -- O Sr. citaria exemplos?
Shinyashiki --  Quando eu nasci, minha mãe era empregada doméstica e meu pai, órfão aos sete anos, empregado em uma farmácia.
Morávamos em um bairro miserável em São Vicente (SP) chamado Vila Margarida. Eles são meus heróis.
Conseguiram criar seus quatro filhos, que hoje estão bem..
Acho lindo  quando o Cafu põe uma camisa em que está escrito '100% Jardim Irene'.
É pena que a maior parte das pessoas esconda suas raízes.
O resultado é um mundo vítima da depressão, doença que acomete hoje 10% da população americana.
Em países como o Japão, a Suécia e a Noruega, há mais suicídio do que homicídio.
Por que tanta gente se mata?
Parte da culpa está na depressão das aparências, que acomete a mulher, que embora não ame mais o marido, mantém o casamento, ou o homem que passa  décadas em um emprego, que não o faz se sentir realizado, mas o faz se sentir seguro.

ISTO É -- Qual o resultado disso?
Shinyashiki -- Paranóia e depressão cada vez mais precoce.
O pai quer preparar o filho para o futuro e mete o menino em aulas de inglês, informática e mandarim. Aos nove ou dez anos a depressão  aparece.
A única coisa que prepara uma criança para o futuro, é ela poder ser criança.
Com a desculpa de prepará-los para o futuro, os malucos dos pais estão roubando a infância dos filhos. Essas crianças  serão adultos inseguros e terão discursos hipócritas.
Aliás, a hipocrisia já predomina no mundo corporativo...

ISTO É - Por quê?
Shinyashiki -- O mundo corporativo virou um mundo de faz-de-conta, a começar pelo processo de recrutamento.
É contratado o sujeito com mais marketing pessoal.
As corporações valorizam mais a auto-estima do que a competência.
Sou presidente da Editora Gente e entrevistei uma moça que respondia todas as minhas perguntas com uma ou duas  palavras.
Disse que ela não parecia demonstrar interesse.
Ela me respondeu estar muito interessada, mas como falava pouco, pediu que eu pesasse o desempenho dela, e não a conversa. Até porque ela era candidata a um   emprego na contabilidade, e não de relações públicas.
Contratei-a na hora.
Num processo clássico de seleção, ela não passaria da primeira etapa.

ISTO É -- Há um script estabelecido?
 Shinyashiki -- Sim. Quer ver uma pergunta estúpida feita por um  presidente de multinacional no programa 'O Aprendiz'?
- Qual é seu defeito?
Todos respondem que o defeito é não pensar na vida pessoal:
- Eu mergulho de cabeça na empresa. Preciso aprender a relaxar.
É exatamente o que o Chefe quer escutar.
Por que você acha que nunca alguém respondeu ser desorganizado ou esquecido?
É contratado quem é bom em conversar, em fingir.
Da mesma forma, na maioria das vezes, são promovidos aqueles que fazem o jogo do poder.
O vice-presidente de uma as maiores empresas do planeta me disse:
'Sabe, Roberto, ninguém chega à vice-presidência sem mentir'.
Isso significa que quem fala a verdade não chega a diretor!

ISTO É -- Temos um modelo de gestão  que premia pessoas mal preparadas?
Shinyashiki -- Ele cria pessoas arrogantes, que não têm a humildade  de se preparar, que não têm capacidade de ler um livro até o fim e  não se preocupam com o conhecimento.
Muitas equipes precisam de motivação, mas o maior problema no Brasil é competência.
Cuidado com os burros motivados.
Há muita gente motivada fazendo besteira.
Não adianta você assumir uma função, para a qual não está preparado.
Fui cirurgião e me orgulho de nunca um paciente ter morrido na minha mão.
Mas tenho a humildade de reconhecer que isso nunca aconteceu graças a meus chefes, que foram sábios em não me dar um caso, para o qual eu não estava preparado.
Hoje, o garoto sai da faculdade achando que sabe fazer uma neurocirurgia.
O Brasil se tornou incompetente e não acordou para isso.

ISTO É -- Está sobrando auto-estima?
Shinyashiki -- Falta às pessoas a verdadeira auto-estima.
Se eu preciso que os outros digam que sou o melhor, minha auto-estima está baixa.
Antes, o ter conseguia substituir o ser.
O cara mal-educado  dava uma gorjeta alta para conquistar o respeito do garçom.
Hoje, como as pessoas não conseguem nem ser, nem ter, o objetivo de vida se tornou parecer.
As pessoas parecem que sabem, parece que fazem, parece que acreditam. 
E poucos são  humildes para confessar que não sabem.
Há muitas mulheres solitárias no Brasil, que preferem dizer que é melhor assim.
Embora a auto-estima esteja baixa, fazem pose de que está tudo bem.

ISTO É -- Por que nos deixamos levar por essa necessidade de sermos perfeitos em tudo e de valorizar a aparência?
Shinyashiki -- Isso vem do vazio que sentimos.
A gente continua  valorizando os heróis.
Quem vai salvar o Brasil? O Lula.
Quem vai  salvar o time? O técnico.
Quem vai salvar meu casamento? O terapeuta.
O problema é que eles não vão salvar nada!
Tive um professor de filosofia que dizia:
'Quando você quiser entender a essência do ser
humano, imagine a rainha Elizabeth com uma crise de diarréia durante um jantar no Palácio de Buckingham'. Pode parecer incrível, mas a  rainha Elizabeth também tem diarréia.
Ela certamente já teve dor de dente, já chorou de tristeza, já fez coisas que não deram certo.
A gente tem de parar de procurar super-heróis, porque se o super-herói não segura a onda, todo mundo o considera um fracassado.

ISTO É -- O conceito muda quando a expectativa não se comprova?
Shinyashiki -- Exatamente.. A gente não é super-herói nem  superfracassado.
A gente acerta, erra, tem dias de alegria e dias de tristeza.
Não há nada de errado nisso.
Hoje, as pessoas estão questionando o Lula, em parte porque acreditavam que ele fosse mudar suas vidas e se decepcionaram.
A crise será positiva se elas entenderem que a responsabilidade pela própria vida é delas.

ISTO É -- Muitas pessoas acham que é fácil para o Roberto Shinyashiki dizer essas coisas, já que ele é bem-sucedido. O senhor tem defeitos?
Shinyashiki -- Tenho minhas angústias e inseguranças. Mas aceitá-las faz minha vida fluir facilmente.
Há várias coisas que eu queria e não consegui.
Jogar na Seleção Brasileira, tocar nos Beatles (risos).. Meu filho mais velho nasceu com uma doença cerebral e hoje tem 25 anos.
Com uma criança especial, eu aprendi que, ou eu a amo do jeito que ela é, ou vou massacrá-la o resto da vida para ser o filho que eu gostaria que  fosse.
Quando olho para trás, vejo que 60% das coisas que fiz deram certo.
O resto  foram apostas e erros.
Dia desses apostei na edição de um livro, que não deu certo.
Um amigão me perguntou:
'Quem decidiu publicar esse livro?'
Eu respondi que tinha sido eu. O erro foi meu. Não preciso mentir..

ISTO É - Como as pessoas podem se livrar dessa tirania da aparência?
Shinyashiki -- O primeiro passo é pensar nas coisas que fazem as  pessoas cederem a essa tirania e tentar evitá-las.
São três fraquezas:
A primeira é precisar de aplauso, a segunda é precisar se sentir amada e a terceira é buscar segurança.
Os Beatles foram  recusados por gravadoras e nem por isso desistiram.
Hoje, o erro das escolas de música é definir o estilo do aluno.
Elas ensinam a tocar como o Steve Vai, o B. B. King ou o Keith Richards.
Os MBAs têm o mesmo problema: ensinam os alunos a serem covers do Bill Gates.
O que as escolas deveriam fazer é ajudar o aluno a desenvolver suas próprias potencialidades.

ISTO É -- Muitas pessoas têm buscado sonhos que não são seus?
Shinyashiki -- A sociedade quer definir o que é certo. São quatro  loucuras da sociedade..
A primeira é instituir que todos têm de ter sucesso, como se eles não tivessem significados individuais.
A segunda loucura é:
Você tem de estar feliz todos os dias.
A terceira é:
Você tem que comprar tudo o que puder. O resultado é esse consumismo absurdo.
Por fim, a quarta loucura:
Você tem de fazer as coisas do jeito certo. 
Jeito certo não existe.
Não há um caminho único para se fazer as coisas.
As metas são interessantes para o sucesso, mas não para a felicidade.
Felicidade  não é uma meta, mas um estado de espírito.
Tem gente que diz que não será feliz, enquanto não casar, enquanto outros se dizem infelizes justamente por causa do casamento.
Você pode ser feliz tomando sorvete, ficando em casa com a família ou com amigos verdadeiros, levando os filhos para brincar ou  indo à praia ou ao cinema..  
Quando era recém-formado em São Paulo , trabalhei em um hospital de pacientes terminais.
Todos os dias morriam nove ou dez pacientes.
Eu sempre procurei conversar com eles na hora da morte.
A maior parte pega o médico pela camisa e diz:
'Doutor, não me deixe morrer. Eu me sacrifiquei à vida inteira, agora  eu quero aproveitá-la e ser feliz'.
Eu sentia uma dor enorme por não poder fazer nada. Ali eu aprendi que a felicidade é feita de coisas pequenas.
Ninguém na hora da morte diz se arrepender por não ter aplicado o dinheiro em imóveis ou ações, mas sim de ter esperado  muito tempo ou perdido várias oportunidades para aproveitar a vida.

Médicos do SUS vão protestar contra as más condições de assistência e a baixa remuneração

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Em alguns estados, já existe indicativo de suspensão de atendimentos eletivos durante 24 horas; os profissionais querem chamar a atenção para a crise que paira na rede pública.

Em 25 de outubro, médicos de todo o país protestarão contra as más condições de assistência e a baixa remuneração dos profissionais oferecidas no âmbito do Sistema Único de Saúde (SUS). A mobilização nacional em defesa da rede pública quer chamar a atenção da sociedade e dos tomadores de decisão para a crise instalada na assistência em saúde na rede pública. O clima de insatisfação é grande. Em alguns estados – como Minas Gerais, Pará e Pernambuco – há, inclusive, indicativo de suspensão dos atendimentos – por 24 horas - na data do protesto.

Dia Nacional Alerta Para Risco da Obesidade

  
Para marcar o Dia Nacional de Prevenção à Obesidade, Ministério alerta para o crescimento do problema. Dados do Vigitel (2010) indicam uma prevalência de 48,1% dos adultos com excesso de peso
Reduzir a prevalência de obesidade em crianças e adolescentes e deter o crescimento do problema em adultos são metas do Ministério da Saúde para os próximos dez anos, previstas no Plano de Ações de Enfrentamento às Doenças Crônicas Não Transmissíveis (DCNTs).Hoje (dia 11) é comemorado o Dia Nacional de Prevenção à Obesidade, que é considerado um dos principais fatores de riscos para o aparecimento das DCNTs como doenças cardiovasculares e diabetes.
O Plano tem por objetivo promover o desenvolvimento e a implementação de políticas públicas efetivas, integradas e sustentáveis com base em evidências para a prevenção e o controle das DCNTs (câncer, diabetes, doenças do aparelho circulatório e respiratórias crônicas) e dos fatores de riscos (tabagismo, consumo nocivo de álcool, inatividade física, alimentação inadequada e obesidade). O plano prevê ainda o fortalecimento dos serviços de saúde voltados para a atenção aos portadores de doenças crônicas.
Segundo a coordenadora de Doenças e Agravos Não Transmissíveis do Ministério da Saúde, Deborah Malta, é preciso orientar a população sobre as consequências da obesidade e a importância de prevenir o aparecimento precoce de doenças decorrentes do excesso de peso. “Os índices são alarmantes, e nós precisamos frear o avanço da obesidade ente a população”, alerta.
ESTATÍSTICAS -O Brasil trata a questão como um grande desafio, uma vez que aproporção de adultos com excesso de peso tem aumentando de forma progressiva. Os dados do Vigitel (2010) indicam uma prevalência de 48,1% dos adultos (52,1% em homens e 44,3% em mulheres) com excesso de peso.
No período 2006-2010 houve um aumento de excesso de peso em 1,2 ponto percentual ao ano entre os homens, enquanto, entre as mulheres, esse aumento foi de 2,2 pp. A frequência de obesidade aumentou, em média, 1 pp ao ano em mulheres no período 2006-2010.
O excesso de peso e a obesidade entre jovens e crianças também têm sido preocupantes. A avaliação do estado nutricional de crianças de 5 a 9 anos de idade, estudada pela POF 2008-2009, mostrou que o excesso de peso e a obesidade já atingem 33,5% e 14,3%, respectivamente. Na população de 10 a 19 anos, o excesso de peso foi diagnosticado em cerca de 1/5 dos adolescentes e a prevalência de obesidade foi de 5,9% em meninos e 4% em meninas.
Os níveis de atividade física no lazer na população adulta são baixos (15%) e apenas 18,2% consomem cinco porções de frutas e hortaliças em cinco ou mais dias por semana; 34% consomem alimentos com elevado teor de gordura e 28% consomem refrigerantes cinco ou mais dias por semana, o que contribui para o aumento da prevalência de excesso de peso e obesidade, que atingem 48% e 14% dos adultos, respectivamente.
ALIMENTAÇÃO– O baixo consumo de arroz, feijão, frutas e hortaliças são reflexos de uma má alimentação adotada pela população brasileira, que atualmente, preferem refeições ricas em gorduras, sal e açúcar e com pouco teor nutritivo.
O consumo diário de sal no Brasil atualmente é de 12 gramas, enquanto o recomendado pela Organização Mundial de Saúde (OMS) é de apenas 5 gramas. O sal em excesso constitui fator de risco para doenças cardiovasculares, como a hipertensão arterial e doenças renais. Outro problema no país é a ingestão em excesso de açúcar, que é um grande aliado para o aparecimento da diabetes e o aumento da obesidade entre os brasileiros. De acordo com a POF 2008-2009, 61,3% da população consomem açúcar de forma exagerada.
Deborah Malta explica que o país enfrenta uma transição nutricional. “O arroz com feijão vem sendo substituído por alimentos processados, com excesso de gorduras, e não saudáveis. Apenas 18% dos brasileiros seguem a recomendação de comer 400 gramas ao dia de frutas, legumes e verduras. E para evitarmos o crescimento da obesidade é preciso que a população tenha consciência dos malefícios que este fator de risco traz para a saúde”, ressalta.
DESTAQUES -O Ministério da Saúde prepara, para o próximo ano, o Plano Intersetorial de Prevenção e Controle da Obesidade, que tem por objetivo promover modos de vida e alimentação adequada e saudável para a população brasileira. O Plano Intersetorial é parte integrante do Plano Plurianual 2012¿2015, Plano Brasil Sem Miséria, Plano de Segurança Alimentar e Nutricional e o Plano de Doenças Crônicas não Transmissíveis 2011¿2022.
O Plano tem como propósito eleger estratégias e medidas que apóiem os modos de vida saudável (Promoção da Alimentação Adequada e Saudável e Promoção da Atividade física) de forma mais operativa para os próximos quatro anos.