Central de Vagas de Saúde na Baixada: Tomando o que é nosso!

A Saúde estadual é tão caótica que o povo da Baixada Santista precisou tornar prática a música “Revoluções por Minuto” e tomou o que é nosso e que a Secretaria de Saúde tinha tirado por total omissão da Direção Regional de Saúde. Estou falando da Central de Regulação Regional de Vagas Hospitalares que, depois de quase três anos, voltou para Santos.

Segundo informações da Secretaria de Estado da Saúde, a unidade, que opera de forma experimental em Santos desde 15 de julho, realiza a regulação de leitos hospitalares na região e complementa a Central de Regulação de Ofertas de Serviços de Saúde (Cross), que coordena a descentralização na distribuição das vagas no Estado de São Paulo.

Isso é muito importante, pois é essa Central que distribui as vagas do Sistema Único de Saúde em hospitais locais, conforme a necessidade e gravidade dos casos. Estar situada em Santos é estar mais perto da realidade local. Esse era um pedido antigo das secretarias de Saúde da Baixada Santista. Isso porque, desde 2010, o gerenciamento das internações gerais e em UTIs passou a ser feito na Capital, o que para os gestores locais dificultava a agilização na localização das vagas nos hospitais da região. Agora imaginem comigo quantas vidas não foram perdidas por conta desta burocratização do atendimento médico?

A central de vagas volta a funcionar onde esteve até o fim de 2009. Dentro do prédio do Departamento Regional de Saúde 4 (DRS-4), na Aparecida. O serviço, de acordo com a Secretaria de Estado, segue os mesmos moldes da Cross, e atuarão em conjunto, tanto em apoio técnico, quanto operacional e nos casos de transferências inter-regionais. O equipamento funciona ininterruptamente, em turnos de 12 horas.

Esse retorno não resolve as grandes demandas da Saúde da Baixada Santista, que sofre com o baixo investimento do Governo Federal e Estadual. Porém, nos dá mais elementos e instrumentos para fazer o controle e a fiscalização da oferta dessas vagas, priorizando a população sofrida da nossa Região.
Vale enaltecer a cobrança da Comissão de Saúde da Assembleia Legislativa, presidida pela ex-prefeita Telma de Souza (PT) que foi fundamental para fazer com que a Baixada Santista é uma das primeiras regiões do Estado que voltaram a gerenciar suas vagas. Prova de que temos que votar em deputados estaduais e federais locais para fortalecer nossa hoje combalida representatividade.


Só temos controle social sobre um político quando convivemos em sociedade com ele, fazendo com que sofra as mesmas consequências das decisões equivocadas do Estado e da União quanto a nossa comunidade. Por isso, sempre penso que a saúde do voto passa pela proximidade e conhecimento da escolha. São fatores fundamentais para os avanços regionais e vemos isso claramente nessa questão. Apesar de ser oposição ao governador Geraldo Alckmin, Telma pressionou e colaborou muito para o retorno da Central de Vagas da Baixada o que será decisivo para salvarmos vidas nos próximos atendimentos.

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