Coração das crianças sofre com a obesidade



Outro estudo realizado pela Faculdade de Fisioterapia da PUC-Campinas, com 45 crianças de nove a 11 anos de idade, separadas em grupos de não obesos, obesos e obesos mórbidos, comprovou que o desempenho cardiovascular de crianças é seriamente afetado pelos quilos extras.

Uma das descobertas está ligada à limitação durante as atividades físicas, o que pode gerar um ciclo vicioso, de acordo com o professor e pesquisador da Faculdade Mario Augusto Paschoal. "Crianças obesas mórbidas têm grande limitação cardiorrespiratória quando submetidas a esforços físicos se comparadas a crianças saudáveis da mesma idade. Esse aspecto faz com que as crianças obesas não pratiquem atividade física, devido à desmotivação, e isso as leva a engordar mais ainda e serem mais sedentárias, fechando o ciclo".

O estudo revelou também que as crianças obesas mórbidas atingiram apenas 48,7% do valor de consumo do oxigênio obtido no momento do pico do esforço físico se comparado ao atingido pelo grupo de crianças não obesas. "Para a saúde do sistema cardiovascular, é péssimo porque a obesidade leva à hipertensão arterial, diabetes e o desenvolvimento de doenças vasculares por causa do depósito de placas de gordura nos vasos, com risco futuro, muito maior, de infarto do miocárdio, por exemplo, e acidentes vasculares cerebrais, aumentando os índices de morbidade e mortalidade", explica Mario Augusto Paschoal. 

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