Santos (SP) vive um drama devido o aumento de moradores nos últimos 20 anos. Atualmente são mais de 400 mil habitantes, segundo censo realizado em 2010. Sua principal área urbana é localizada na Ilha de São Vicente, o que limita seu espaço para a construção de imóveis e obriga a cidade a “crescer para cima”, fazendo com que o mesmo espaço acomode mais e mais pessoas. Isto aumenta o número de carros já que, onde antes existiam, em casas, vagas para dois ou no máximo três automóveis, nos edifícios este número passa para 40, 50 ou mais, fato que aumenta o trânsito nas ruas e diminui as vagas de estacionamento nas principais vias do município.


Além do aumento de automóveis na substituição de casas por prédios, outro determinante também é responsável pela diminuição de estacionamentos nas ruas. Os edifícios têm mais entradas e saídas de veículos que uma casa, ou seja, os espaços nas calçadas antes utilizados para estacionamento, não existem mais, já que são trocados por guias rebaixadas.

Segundo o médico endocrinologista Márcio Aurélio Soares, provável candidato à Câmara Municipal de Santos ao se confirmar sua candidatura para vereador em junho deste ano, a principal solução para o déficit de estacionamentos na cidade de Santos (SP) são a melhora do transporte público e também a construção de estacionamentos subterrâneos.

“O transporte público de Santos deixa a desejar. Temos apenas as opções de ônibus e poucos micro-ônibus. As vans são proibidas na maior parte da cidade, liberadas apenas para o transporte nos morros. Ou seja, o morador santista tem apenas uma opção de transporte além do seu carro ou moto. Existe o projeto do VLT, mas não teve início nem o processo de licitação ainda”, alerta o Dr. Márcio Aurélio.

“Está na hora dos políticos de Santos entenderem que a cidade precisa de projetos modernos, sem bairrismos. Abrigamos em nossos domínios o maior porto da América Latina, só por isso temos um trânsito conturbado, principalmente no centro. O aumento de veículos nos últimos anos piorou ainda mais o trânsito, mas nada foi feito para reverter a situação. Existem pouquíssimos estacionamentos nas ruas e mesmo os privados não existem em número suficiente. Planejar estacionamentos subterrâneos nos principais pontos comerciais do município é algo que deveria ter sido feito há pelo menos 20 anos. Ou seja, estamos com mais de duas décadas de atraso”, finalizou o médico.



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