Você é feliz?



 

 Essa é uma pergunta que estamos sempre nos fazendo. Pensamos por instantes e, comumente, ficamos sem a resposta. Será que eu sou feliz?

Mas afinal, o que é felicidade?

Em seu livro “Felicidade”, o economista Eduardo Gianetti, afirma que felicidade não pode ser comprada. E que o ditado “dinheiro não traz felicidade” tem razão de ser. Pelo menos em parte, porque sem as mínimas condições de sobrevivência não há quem consiga ser feliz. Portanto, condições materiais são essenciais até a medida que nos trazem segurança e conforto básico, como ter uma casa, educação de qualidade, boa alimentação e saúde equilibrada, por exemplo. Mais do que isso, acreditem, o dinheiro não vai ajudar em seu bem estar.

Assim, aquela lancha maravilhosa que você viu no comercial de TV, poderá trazer prazer momentâneo, mas a impossibilidade de adquiri-la não, não irá deixar você mais ou menos feliz. Para acreditar nisso é só você pensar na trabalheira e a dor de cabeça que deve dar a sua manutenção.

Recentemente, o Instituto Akatu, uma ONG de fomento à práticas de preservação ambiental e sustentabilidade, publicou os resultados de sua pesquisa, “Rumo à Sociedade do Bem-Estar: Assimilação e Perspectivas do Consumo Consciente no Brasil – Percepção da Responsabilidade Social Empresarial pelo Consumidor Brasileiro”, onde conclui que “mais bem informado, o consumidor brasileiro valoriza mais a sustentabilidade que o consumo” e que, “o conceito de felicidade esta relacionado à preferência pelos caminhos mais sustentáveis”




A pesquisa mostrou que o “ditado popular” está certo, ou seja, apenas três em cada dez entrevistados apontaram a tranquilidade financeira como condição inerente à felicidade. Dois terços dos entrevistados referiu estar saudável e/ou ter uma família saudável, condição essencial para estar feliz. A maioria respondeu que conviver bem com a família e com os amigos os aproximava da felicidade. O estudo mostrou, também, que boa parte da população brasileira, mesmo não o fazendo de forma tão consciente, tem a noção de que, uma vez satisfeitas suas necessidades básicas, a busca da felicidade implica em tomar o caminho da sustentabilidade e não do consumismo.

Há séculos, Sócrates (foto), um filósofo grego, durante uma caminhada numa feira, perguntado se estaria fazendo compras, respondeu, “não, apenas observando quanta coisa é desnecessária para a minha felicidade”.

O atual momento por que passa nossa civilização exige que façamos mais “passeios socráticos”. Estamos no topo da cadeia de produção e consumo. O movimento agora é inverso. Fomentar práticas de sustentabilidade do planeta, preservar os recursos naturais e valorizar a vida, como já sabemos e fazemos. Viver mais com a família e com os amigos, e ser feliz.

Um comentário:

Juliane disse...

Marcio, vou postar aqui pela primeira vez,primeiro porque hoje e feriado e não estou trabalhando,kkkk,e segundo porque achei ótima essa observação do Sócrates, porém se ele fosse mulher e estivesse em um shopping iria achar que precisaria de muitas roupas e sapatos para ser feliz!!!!kkkkkk...