AS ELEIÇÕES ESTÃO CHEGANDO. CUIDEM-SE!


AS ELEIÇÕES ESTÃO CHEGANDO. CUIDEM-SE!


            Muitas vezes me pego resmungando contra a imprensa conservadora que povoa as nossas telinhas e ondas de rádio e, agora, a internet. Atendendo às demandas impostas por aqueles que estão no andar de cima da sociedade, que acumulam 90% da riqueza nacional, apregoam a todos os ventos, a criminalização da política. Política cujo significado, nada mais é, que o exercício do entendimento entre pessoas em torno do bem comum. Portanto, todos nós fazemos política, quer seja em casa, na escola, no bairro... A política profissional, necessária a dedicação integral à governança da cidade, e demais espaços públicos, é fundamental para a organização de nossa vida em sociedade. Criminalizá-la atende, somente, aos interesses de quem está no poder e não quer largar o osso. Ao criminalizá-la, geram, no mínimo, desinteresse por parte da população, quando não, uma verdadeira ojeriza, aos políticos e a política.

Mas, vamos combinar? Tem hora que eles, os políticos, fazem por onde. E como fazem! E nós, que sabemos um pouco disso, somos obrigados a explicar para a população menos avisada, o que acontece em nosso entorno e quais interesses estão em jogo.

E as eleições estão chegando… e os interesses vão aumentando… e a demagogia vai crescendo… e o cidadão eleitor vai se iludindo… e os poderosos continuam no poder. Esta é a roda da fortuna. A política, como instrumento fundamental ao convívio e a organização social; alguns políticos, se não sua maioria, atendendo somente aos interesses de uma meia dúzia que financiou sua campanha, esquecendo completamente do terço da sociedade, que hoje, vive abaixo do nível de pobreza; e os meios de comunicação, os criminalizando; não por essa identidade de classe, mas através de um discurso repetitivo, que tem no combate a corrupção seu mote maior. É óbvio que não somos a favor da corrupção. É óbvio que a corrupção deve ser evitada e, especialmente, combatida. Mas não podemos esquecer que os regimes mais autoritários da história da humanidade, se iniciaram com este discurso. Aqui no Brasil, os mais velhos vão lembrar do discurso de moralidade imposto para justificar o golpe de 1964. Ou esqueceram o discurso de combate aos marajás na vitória do Collor de Mello, que foi mandado para casa por corrupção? E nem precisa lembrar do suicídio de Vargas!

“A história se repete, uma vez como farsa, outa como tragédia”.

Li há pouco, que o Prefeito de Santos, Paulo Barbosa, já gastou quase 350 mil reais, comprando 70 pistolas 380, que serão usados pela Guarda Municipal, após a Câmara de Vereadores aprovar lei específica para armar os guardas. Uma contradição. Compram armamento que poderá ou não ser utilizado, dependendo de uma legislação específica. Uma prática questionável, do ponto de vista legal, mas, eleitoralmente determinada e imposta a uma população insegura, que cai no “conto do vigário” - coitado do vigário ...rs -  que acredita que, com mais armas se combate a violência. Assim fica difícil. Quero e acredito na política como instrumento de construção de uma sociedade equitativa e solidária. Esses maus políticos, vivem de construir atalhos através de um discurso fácil. Mas basta analisar a qualidade dos serviços de saúde e de educação da cidade, para qualificá-los. Estes sim indicadores sociais que servem para monitorarmos a qualidade de vida de nossos concidadãos.

Cuidem-se com o discurso fácil, com respostas rápidas. É preciso muito trabalho para sairmos do atraso. As pessoas estão sofrendo, vivendo em péssimas condições, sem trabalho; estão desvalidas e é para elas que temos que prestar atenção.



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