E os Empreendimentos Humanos?
Os jornais noticiam que a região do Valongo, em Santos,
deverá adquirir maior status em função dos novos empreendimentos levados a
cabo naquela região, impulsionados pela
presença da Petrobrás.
Interessante notar que, durante décadas, aquela região
viveu em completo abandono e, extremamente degradada, com grande parte de seus moradores
vivendo em situação precária em cortiços.
A ocupação da cidade de Santos se
deu em função do porto. E sua colonização pelos imigrantes não aconteceu com
maior força em função de seu território estreito, seu clima, quente e úmido e
seu solo, boa parte tomado por mangue; o que justifica, em parte, a subida
destes imigrantes para o planalto. As classes mais abastadas foram se fixando
no eixo que depois se constituiu na Av Ana Costa e Conselheiro Nébias. Enquanto
que os mais pobres se fixavam entorno do cais.
Pode-se perceber que esta ocupação sempre
se deu em função da lógica da classe que dominava a economia. Incluindo aí o
saneamento proposto e realizado por Saturnino de Brito.
E, mais uma vez, esta história se repete.
Fala-se em progresso e desenvolvimento da região e esquecem-se das pessoas. E
mais, esquecem da legislação. Pois o Estatuto da Cidade é claro ao determinar,
aos novos empreendimentos, a obrigatoriedade da realização do Estudo de Impacto
Ambiental, do Estudo de Impacto de Vizinhança e a Outorga Onerosa, o que
significa dizer responsabilidade social .
E por que isso não acontece? Porque,
simplesmente, nossos Prefeitos e nossos vereadores não regulamentaram tais leis
e se omitem em relação a essas pessoas que vivem em situação precária.
A região vai se valorizar? Muito
bem. E o que vão fazer com as pessoas que moram em seu entorno?
Com a palavra o futuro Prefeito e
nova Câmara de Vereadores.
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