A chegada de Pedro
Alvares Cabral ao litoral brasileiro em abril de 1500, representou para
Portugal um grande feito nas disputas com a Espanha entorno dos novos
territórios desbravados e sua corrida pelas especiarias indianas. Nesse
período inicial, os portugueses se limitavam ao extrativismo do
pau-brasil, à época uma valiosa madeira, cuja tinta vermelha era
comercializada por toda a Europa.
Com
a necessidade da ocupação do novo território, Martim Afonso busca o
interior e inicia um novo ciclo, da cana-de-açúcar. Tal estratégia
garante a posse definitiva da nova colônia e grande desenvolvimento
econômico à custa da mão de obra escrava, o que aconteceu até meados do
século XVIII. Importante: onde se lê desenvolvimento econômico, lê-se
extração de riquezas.
A este período, seguiu-se o “Ciclo do Ouro”
com a descoberta de grandes jazidas do metal precioso em Minas Gerais. O
poder se desloca do nordeste para o sudeste, a cidade do Rio de Janeiro
é nomeada a nova capital da colônia e, no campo artístico, se destaca
Aleijadinho como a maior expressão do barroco mineiro.
Nesta
época, a Coroa portuguesa, defendendo seus interesses econômicos impõe a
cobrança de um imposto chamado “quinto”, ou seja, 20% do ouro extraído
teria que ficar retido, compulsoriamente, pela coroa. Tal como nos dias
de hoje, a população esbravejava contra essas iniciativas e o mandava
para o inferno, e, outros mais ousados, o escondiam dentro de imagens
sacras ocas.
Os anos se passaram, os portugueses extraíram
madeira, cana de açúcar, café, algodão, ouro e inúmeras outras riquezas
deste país continente, e não ficaram ricos. Limitaram-se a pagar as
bugigangas adquiridas na Inglaterra e por sua proteção militar.
Portanto, digamos uma relação nem um pouco alvissareira.
A
história é importante para que não cometamos os mesmos erros do passado,
e para que possamos construir um futuro mais seguro, é o que
aprendemos. Vivemos
a expectativa de um novo ciclo, a partir de uma riqueza natural: o Pré
Sal. Seus recursos poderiam servir de impulso à construção de uma nova
nação. Mas não foi assim que o Congresso Nacional decidiu.
Ao
invés de canalizar esses vultosos recursos para a educação, optaram pela
decisão, tal quais os árabes, de pulverizá-lo. Ao contrário do que fez a
Noruega, que o concentrou na valorização do conhecimento e das pessoas.
Ao tomar esta decisão, optam pelas obras faraônicas em detrimento do
saber e agem como colonizadores, que sugam nossas riquezas e nos deixam mais pobres.
A saída para isso, esbravejar os senadores e esconder um pouco de saber para que eles não nos expropriem.
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